Cuidados especiais com a desorganização
A desorganização extrema pode chegar a um ponto em que as pessoas passam a estar também sempre esquecendo algo em casa, fazendo mil atividades ao mesmo tempo e não concluindo a maioria delas, estão quase sempre atrasados para os seus compromissos e ainda acumulam pilhas e mais pilhas de papeis e documentos sem utilidade e organização.
As pessoas que sofrem com esse mal da desorganização extrema sabem o quanto isso é ruim e prejudicial e elas têm plena consciência do quanto são desorganizadas, sofrendo ainda uma rejeição e um preconceito por parte da família e amigos por terem dificuldades de estarem de acordo com os padrões mínimos de organização.
Merecendo uma atenção especial
Mas felizmente essas pessoas têm uma esperança! A americana Judith Kolberg, personal organizer e estudiosa na questão da desorganização crônica, acredita que essas pessoas mereciam uma atenção especial e passou a observa-las e ver o seu comportamento. Em seus treinamentos, Judith percebeu que algumas pessoas não conseguiam seguir o padrão de aprendizado utilizado e chegou a seguinte conclusão: 1-) Essas pessoas sempre foram desorganizadas; 2-) As tentativas de organização sempre foram mal-sucedidas; 3-) Já existia um impacto negativo da desorganização na vida dessas pessoas.
Os estudos de Kolberg mostraram ainda que essas pessoas processavam
a informação e o aprendizado de uma forma diferenciada, fora da normativa pré-estabelecida pelos padrões normais de aprendizado e organização. Uma prova disso foi um teste realizado durante uma aula, onde haviam legumes e frutas em uma mesa a maioria das pessoas costumavam separa-los por categorias, de um lado legumes e de outro as frutas. Já um grupo menor, separava-os de acordo com as cores ou com o que gostava ou não gostava.
Mantendo sempre a lógica
Para Judith, por mais que não seguissem as normativas de organização, as formas de separação tinham uma lógica e que também deveriam ser enquadradas dentro da metodologia de aprendizado. Para ela, o aprendizado pode ser feito de diversas formas desde que se chegue a um objetivo comum, a organização. Esse aprendizado é, basicamente, como a alfabetização que se utiliza de diversas metodologias para facilitar o aprendizado das crianças.
Então a Personal Organizer resolveu levar ao mundo essa informação e mostrar que a organização pode ser absorvida e praticada por qualquer pessoa, bastando que se encontre a melhor forma dela absorver o conteúdo. Ainda segundo ela, o profissional que deseja ampliar sua clientela precisa estudar as mais diversas formas de aprendizado e de metodologia de organização, procurando sempre entender qual é a melhor para o seu cliente em questão.
Com base nisso e ainda considerando que o Personal Organizer exerce um trabalho individual e personalizado, entende-se que ele acaba entrando muito em questões emocionais e psicológicas, tornando seu trabalho ainda mais humano e importante. Esse trabalho ajuda as pessoas a melhorarem muito sua alto-estima e qualidade de vida.
Se mesmo assim, o personal organizer conseguir perceber que a questão vai muito além da questão do aprendizado de como organizar as coisas (e as manter organizada), apresentando sinais de depressão ou até mesmo de TDAH, pode-se buscar a ajuda ou parceria de um profissional da saúde. Isso tornará o trabalho muito mais produtivo e eficiente.